A Gestão da Educação

A Leitura como Revolução Social

com Bel Santos Mayer

Educadora social, coordenadora do IBEAC e cogestora da Rede LiteraSampa

Dia 2 de fevereiro

quinta-feira, às 16 horas

Ao vivo, com transmissão pelo Zoom

Foi na casa do coveiro, único lugar disponível no bairro, que adolescentes e livros se instalaram. Imagine um projeto que faz com que a leitura aconteça dentro de um cemitério e, a partir dali, estabeleça um ciclo de vida e de transformação social. Foi isso que a Biblioteca Caminhos da Leitura, criada há 11 anos, em Parelheiros, periferia da zona sul de São Paulo, e um dos lugares com os Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos de São Paulo, fez pelos jovens.


Uma das principais responsáveis por isso é Bel Santos Mayer, educadora e coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC), que está na área social desde os 14 anos, quando criou, junto com amigos, uma casa de acolhida para meninas em Sapopemba, região leste da cidade, onde morava "O meu lugar no mundo como mulher negra, que vem de região periférica, é estar o tempo todo pensando em transformar", afirma Bel.


Hoje, as histórias de vida, esperança e força, que são passadas, com esse programa, por meio da leitura à moradores de regiões carentes, estenderam-se para além dos muros do cemitério, chegando à maternidade, às ruas e aos comércios locais. Bel Santos sempre insiste em repetir que a educação – e a leitura é um dos grandes instrumentos para consolidá-la, não é apenas uma mudança individual, mas muda a trajetória da vida de uma família e de uma comunidade.


Atualmente, os jovens leitores das bibliotecas comunitárias já estão nas universidades. A leitura promove a reflexão e favorece um raciocínio claro, permitindo que crianças e jovens adquiram uma posição ativa em seu processo de aprendizagem, pois percebem que são capazes de se posicionar diante do conhecimento. Paulo Freire já afirmava que “a leitura se inicia junto com a vida e se alimenta de todos os sentidos”. Ele chamava essa leitura de "leitura de mundo" e afirma que ela precede à "leitura da palavra", próximo passo para o desenvolvimento humano.


Bel também vem fomentando, por meio das comunidades periféricas e das bibliotecas comunitárias, a disseminação da literatura negra, por exemplo, de autoras como Conceição Evaristo, Mirian Alves e Esmeralda Ribeiro. “Com a nova geografia que nossos corpos criaram na cidade através de nossa circulação, temos levado esses autores para os espaços em que faltava melanina”, observa Bel, muito contente por realizar também esta iniciativa.


Vinda de uma família de migrantes nordestinos, mãe doméstica e pai metalúrgico, foi a primeira a se formar na família. Fez Matemática porque o pai gostava e, naquele tempo, a área estava ligada ao sucesso. Mas sempre foi o amor pela alfabetização e pelas letras que a moveu. Aos 53 anos, depois de vencer um câncer, tem a certeza de que o "amadurecimento traz uma tranquilidade e a vontade de seguir aprendiz". 


Não perca nosso webinar, em 2 de fevereiro, quinta-feira, às 16 horas, com Bel Santos Mayer.

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Bel Santos Mayer

BEL SANTOS MAYER é educadora social, mestra em Turismo pelo Programa de Pós-graduação em Turismo da Escola de Artes, Cultura e Humanidades da USP (PPGTUR/EACH/USP), Bacharel em Turismo, Licenciada em Ciências Matemáticas, tem especialização em Pedagogia Social.


Desde os anos 1980, atua em organizações não governamentais facilitando processos de criação de Centros de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (CEDECAs) e de bibliotecas comunitárias gerenciadas por jovens.


Foi uma das criadoras e coordenadoras do Prêmio Educar para a Igualdade Racial do CEERT.


É empreendedora social da Ashoka, docente de “Mediação de Leitura” na pós-graduação Literatura para Crianças e Jovens do Instituto Vera Cruz e coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC).


É cogestora da Rede LiteraSampa, finalista do Prêmio Jabuti 2019.


Curadora da 11ª Edição do Prêmio São Paulo de Literatura, do Conselho Curador do 63° e 64° Prêmio Jabuti e do Conselho Curatorial do Theatro Municipal de São Paulo.


Possui vários artigos publicados sobre Direitos Humanos, Relações Raciais na Educação, Bibliotecas Comunitárias e Formação de jovens leitores.


Publicações: Parelheiros idas e vi(n)das: ler, viajar e mover-se com uma biblioteca comunitária, Editora Solisluna e Selo Emília; Nascidos para Ler, no melhor lugar para se viver, Selo Emília; _LiterAção: práticas inovadoras em bibliotecas, Selo Emília.


Prêmios recebidos: Retratos da Leitura no Brasil-2018; Estado de São Paulo para as Artes-2019; 67° Prêmio APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes na categoria “Difusão de Literatura Brasileira”; Prêmio Pessoa Inspiradora 2021 - APF - Associação Paulista de Fundações.

SOBRE A

FUNDAÇÃO

NACIONAL DA

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Criada em 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) se consolidou como um marco no movimento pela excelência da gestão, reunindo milhares de pessoas em rede, para disseminar a causa e colocar as organizações brasileiras e o País na rota da competitividade mundial. São vários os avanços desde sua criação. Nossas empresas estão cada dia mais conscientes de seu papel evolutivo diante dos cenários em constante mudança, voltadas ao aumento da qualidade e da produtividade e ao desenvolvimento da sociedade.

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